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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Nós, os pobres...

Um cliente engana-se no código do multibanco quando está a fazer o pagamento. Diz-me que vê mal, e pede-me para ser eu a marcar o código e diz o  código em voz bem alta. Primeiro eu disse que não  podia marcar,  mas ele insiste e repete o código. Preocupada eu aconselho-o a não dizer assim o código a toda a gente. Resposta do senhor. "Deixe lá que não levava mais do que 15 ou 20 mil euros, não ia muito longe"! Fiquei surpreendida. Parecia que estava a gozar com os pobres. Como se 15 ou 20 mil euros não desse para fazer tantas coisas.

 

Quisera eu ter esse valor na minha conta!

 

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Nem parece que estamos no outono

Durante toda a semana entrei ao trabalho com sol e saí com sol (das 9h às 18h). Hoje entrei com o sol e já saí com a lua. Apesar de ainda andarmos todos de manga curta, e de não parecer, estamos já,  no chamado horário de inverno. Se não fosse pela mudança da hora, podíamos pensar que ainda estávamos no Verão...

 

Hoje quando uma cliente me perguntava pelo fim de semana do desconto de 50% em brinquedos, e de eu ter ficado a pensar que ainda era cedo para isso, justamente por causa do tempo, a cliente lembrou-me que estávamos a chegar a novembro...

 

Nesta localidade está a decorrer a Feira dos Santos, de onde era habitual as pessoas chegarem de lá a reclamar da chuva e do barro entranhado nas botas. Agora é o sol que lhes bate nos rostos!

 

O tempo está tão alterado, tão estranho para a época, que até nos afecta. Só falta mesmo ver as decorações de natal em tempo de calor e ver o pai natal de calções ti-shrt e havaianas!

 

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Se estiver a ser atendido na caixa do supermercado, não fale ao telemóvel

Há aquela antiga frase "se conduzir não beba" e a mais recente "se conduzir não fale ao telemóvel"! São ambas frases sábias e para cumprir à risca. Porque uma coisa, impede de fazer bem a outra. E pegando na segunda frase, posso fazer uma terceira "se estiver a ser atendido na caixa do supermercado, não fale ao telemóvel".

 

Há uma cliente que raramente é atendida sem que esteja ao telemóvel. Quando a vejo, começo logo a desejar que não venha à minha caixa, pois como está ao telemóvel, não responde ás  perguntas que tenho de fazer obrigatoriamente, e é difícil prosseguir.

 

Na ultima vez que lá foi, ao telemóvel, fiz as perguntas não respondeu a nada. A conta foi €9.80, deu-me uma nota de €50. Dei-lhe o troco e foi embora. Daí a minutos, regressa ao supermercado, vem ter comigo e pergunta-me se não deixou ali o troco. Como viu a minha cara de surpresa com a pergunta, disse: "pois, é que eu por acaso estava ao telemóvel e não me recordo..."! Lá lhe respondi. A colega que estava atrás de mim, também me disse : "pois ela está sempre ao telemóvel..."!

 

Por aqui se vê a importância de não fazer estas duas coisas ao mesmo tempo, porque além de empatar os outros,  até o próprio cliente não se concentra... é permitido falar, mas se possível, aguarde.

 

Esperteza ou ingenuidade

Vejo uma senhora a passar à minha caixa com o carrinho de compras sem as colocar no tapete. Digo: "Olhe, desculpe, não pode passar assim com as compras, tem de as meter em cima do tapete"! Não  pára, continua acelerada e responde:  "Eu vou só chamar a minha filha" ! Saio da caixa e vou ter com a senhora, digo:  "Pode ir chamar a sua filha , mas o carrinho fica deste lado"!

 

Ufa! Há cada uma!

 

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Os clientes chatos

Por vezes, os clientes quando me vêem dentro do supermercado, sem a farda, com um carrinho ou cesto a fazer as minhas compras, não entendem que estou em momento de pausa, muitas vezes, cheia de pressa, e vem-me fazer perguntas, sobre produtos, localizações dos mesmos. Coisas que uma pessoa que está na caixa também não sabe logo responder.

 

É uma falta de consideração, há pessoas que a cada passo que dão precisam de chamar alguém para ajudar, para escolher um produto, para lhe ler os rótulos, para lhe ver as validades, para saber se aquilo engorda ou emagrece.

 

Chatos!

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