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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

Missão Sorriso

Os portugueses, apesar da crise, continuam solidários. Quase todos os clientes levavam algo, que faziam questão de dizer que era para a "Missão Sorriso"! Uma nota importante que consegui captar foi, muitos pais a incutirem aos filhos , a missão de serem eles a entregar os produtos aos voluntários que lá estavam na recolha. As crianças ficavam felizes com a tarefa!

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Sacos de plástico vão custar dez cêntimos

Hoje o tema do dia num supermercado continente modelo, onde os sacos ainda são de distribuição   desmesurada e gratuita, foi sobre a   taxa  de oito cêntimos mais IVA sobre os sacos de plástico, ou seja, dez cêntimos. Enquanto alguns estavam revoltados e achavam um absurdo, outros concordavam, e diziam que talvez fosse uma forma de as pessoas se habituarem a trazer sacos de casa, e a optar por sacos ecológicos.

Da minha parte, o que eu continuo a achar mal, não são os sacos que as pessoas levam com as compras dentro, mas sim, os sacos que as pessoas levam vazios, e esses são muitos. Eu vejo isso todos os dias; é porque precisam para por carnes na arca congeladora; é porque dão para o forrar o balde do lixo; é para ir á concorrência porque lá não dão; por tudo e para nada. Os que pedem os que "roubam"...

Também não sei se esta taxa será para todos os supermercados ou se apenas para aqueles que já têm os sacos pagos.  Mas vamos esperar para ver o que daqui vai resultar.

Ainda sobre mudanças

Há uma outra alteração, que ainda está um pouco escondida, e ainda não foi, pelo menos que eu desse conta, alvo de reclamações. Agora, quando o cliente pede fatura, e essa fatura é de uma compra que foi paga totalmente com o cartão continente, ou seja com o dinheiro lá acumulado, o valor da fatura será zero. Se o cliente descontar apenas parte do valor, e pagar o restante com outra forma de pagamento, o valor que foi descontado do cartão não vem na fatura.

Ainda não sei ao certo a razão, mas quando souber, conto!

Que mal é que tinha!?

Uma senhora aí dos seus 50 anos, ( por vezes opto por referir idades, porque acho que a idade pode, ou não, influenciar nas atitudes ou nos comportamentos) depois de ter colocado algumas das suas compras no tapete, e estando o mesmo já cheio, passa para o outro lado, e começa a colocar lá, as restantes compras. Sim, do lado onde já parte dos artigos estão dentro de sacos. É então que eu digo: "desculpe, este lado é para colocar as compras já registas!" Resposta: " Mas já não cabe mais, dali"! Ao que eu digo: " Aguarde um bocadinho...". Ao que a senhora insiste: "Mas que mal é que tinha!?"

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Atender os clientes quando estamos constipadas

Uma das coisas que mais me custa quando estou trabalhar é estar constipada,  ter de estar constantemente a assoar-me e a atender as pessoas. Noto muitas vezes na cara das pessoas um certo desagrado. Infelizmente constipo-me algumas vezes no Inverno. A empresa disponibiliza gratuitamente a vacina da gripe para os funcionários que a querem levar. Mas eu tenho alguns receios relativamente ao assunto. Tenho falado com algumas pessoas e continuo dividida, pois cerca de 50% encoraja-me a levar e diz que os benefícios são grandes, mas os outros  50% aconselham-me a não levar, alguns porque já levaram e ficaram na mesma.

Quem está no atendimento ao público devia de ter imunidade a este tipo de situação, mas se calhar, também é neste trabalho, e por estarmos muito em contacto com as pessoas que nos constipamos.

Já alguma vez, numa ida ao supermercado, mudaram de caixa por verem a operadora muito constipada!? Sentem algum desagrado?

 

Mudanças

Houve um ligeira mudança no sistema do cartão Continente, se é, que assim, se pode dizer. Agora nem a operadora de caixa tem acesso ao saldo do cartão do cliente, nem esse mesmo saldo vem referido no talão, pelo menos, para já. O cliente só pode saber o saldo no balcão de informação ou pela internet no site do continente. No ecrã só aparece o saldo se este for inferior ao valor da compra, ou se o saldo que dispõe for suficiente para pagar o total da conta. Resumindo aparece no visor o saldo que é possível descontar.

Segundo me informei esta norma é para segurança do cliente, mas a maioria dos clientes não concorda lá muito com esta medida.

Que vos parece?

"Mil e uma coisas" para fazer à hora de almoço

Estou a registar as compras a uma cliente que tem duas contas. Quando retiro do tapete uma saca de ração de 10Kg fica um espaço livre até à segunda conta. Vem uma outra senhora cheia de pressa,  olha em redor e coloca as suas compras no sitio onde estava a saca, sem me dar tempo de puxar o tapete e diz: " passe lá isto antes que a outra pessoa apareça"! Ao que eu respondo: " mas a outra pessoa não desapareceu, está aqui"! A senhora sentiu-se embaraçada e foi com as compras nas mãos para outra caixa!

A senhora que eu estava a atender,  só me disse: " olha para isto  e se eu tivesse ido buscar alguma coisa esquecida? Passava-me logo à frente, olha que lata!"

Normalmente estas situações de pressa, acontecem na hora do almoço, porque as pessoas querem fazer tudo nessa hora, e depois, se encontram obstáculos, ficam logo stressadas!

 

A vida está cara e os bolos também!

Estou a atender uma cliente, cujas compras são basicamente bolos, bolinhos, queijos, queijinhos... Quando digo o total a cliente fica chocada e diz-me que me devo ter enganado, que não pode ser aquele valor. Perante a admiração da cliente, tiro um talão parcial, para ver se registei algum artigo mal. Confirmo com a senhora se ela leva tudo aquilo, ela responde afirmativamente, mas começa a tirar as coisas todas de dentro do carrinho e a colocar de novo no tapete, afirmando que algo está mal. Pego no telefone e ligo para a supervisora que do balcão e pelo sistema informático visualiza a conta e começa a dizer-me os artigos, e às tantas diz-me (isto ao telefone) : "mas com tanta guloseima, é claro que é caro!" Só me apetecia  rir, mas não era rir de gozar, era mesmo rir do que a minha colega me tinha dito. Depois de desligar o telefone, disse à senhora que os preços estavam todos corretos e que era aquela a quantia, mas quando perguntei se queria deixar alguma coisas, disse que não.