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A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

A lupa de alguém

Sou operadora de caixa num supermercado Continente modelo. É esse universo que eu trato neste espaço...

As respostas que nunca te direi…

 

Inspirada no título do famoso livro, “As palavras que nunca te direi”, decidi elaborar um conjunto de respostas a perguntas e comentários feitos pelos clientes. Estas respostas não são as que eu na verdade digo aos clientes, mas as que eu gostaria de dizer, se é que me entendem! Convém dizer que estes clientes a que se destina este meu “exercício” representam uma pequena minoria do meu universo. Vou assim chamar-lhes clientes ko. Sempre que se justificar irei actualizar, este meu exercício.
As respostas que nunca te direi!
Pergunta Cliente ko: - Menina está aberta?
Resposta lupa: - Que lhe parece? A cancela não tem sinal proibido!? Então está fechada!
Resposta lupa:- Quem eu? Não! É a caixa que está aberta!
Perg. Cl. Ko: - Menina este artigo é mais barato ali no intermaché!
Resp. Lupa: - Então porque não foi lá comprar!?
Perg. Cl. Ko: - A caixa expresso (poucos artigos) não está aberta porquê?
Resp. Lupa: - Porque está fechada!
Perg. Cl. ko: - O multibanco deu “não autorizado” que significa?
Resp. Lupa: - Provavelmente que a Sra. não tem lá dinheiro!

"Internet das coisas"

 

Num site brasileiro, encontrei algo interessante sobre as novas tecnologias, achei interessante deixar um resumo sobre o assunto, uma vez que está relacionado com o meu trabalho e até (talvez) com a extinção do mesmo
“Imagine que vai ao supermercado, coloca as compras no seu carrinho e, à saída, basta passar com ele por um sensor para que lhe digam quanto terá de pagar.
 
Dentro de poucos anos é muito provável que este cenário se torne familiar para cada um de nós. Os objectos passarão a comunicar entre si e com os seres humanos, criando uma "Internet das coisas". Isso será possível em consequência da união de três tecnologias, que já existem actualmente mas ainda são empregadas separadamente: identificação por rádio frequência (RFID), sensores e nanotecnologia (que permite a construção de objectos muito pequenos).
 
O RFID permite determinar a localização de um determinado objecto e seguir o seu percurso. Os sensores dão informações sobre a sua localização e os elementos que agem sobre o objecto naquele momento. E a nanotecnologia permite instalar esse tipo de tecnologia nos objectos de menores dimensões.
No nosso quotidiano, já temos vários exemplos do uso do RFID, como os chips nos ténis dos corredores de maratonas, os "brincos" utilizados em animais, a Via Verde que nos permite fazer viagens em auto-estrada sem parar nas portagens, etc. Todos estes são exemplos da utilização da RFID.
 
Na Alemanha, mais precisamente na localidade de Rheinberg, a rede de supermercados Metro AG está a testar o que já é considerado como o supermercado do futuro. Os clientes do supermercado colocam as suas compras num carrinho equipado com um assistente de compras pessoal. Diversos artigos trazem etiquetas “inteligentes” (tags) na embalagem. Cada etiqueta dispõe de uma antena e um chip com uma sequência de números que é transmitida para o computador via radiofrequência. Estes chips podem identificar qualquer tipo de mercadoria o que vai permitir o controlo de todos os itens, desde a hora em que eles saem de seu lugar ou país de origem até a colocação nos carrinhos dos clientes.
 
À medida que os produtos são colocados no carrinho, as tags emitem sinais de rádio que permitem saber qual o código do produto ao qual o sistema informático do estabelecimento associa o preço. O valor da mercadoria vai sendo acrescentado e exibido na tela do assistente de compras, permitindo ao cliente controlar as despesas e, ao chegar à caixa, gastar apenas o tempo necessário para efectuar o pagamento."
                                                                                                           perpetuo ovimento
 
 
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Ás vezes é demais!

Acontece-me de tudo neste emprego. O que hoje vos quero contar, foi algo que me deixou completamente indignada... Eram precisamente 12:18h e estava um dia de muito movimento no hipermercado. Ao cumprimentar um cliente hesitei entre o "bom dia" e o "boa tarde". Sabem o que o Sr. respondeu!?  Ó menina você está grávida ou está num período de transição?" Eu reagi logo e disse num tom de voz daqueles (bem ásperos)  : - " Como?"- ao que ele respondeu em tom de brincadeira: "é comum quando as pessoas estão grávidas hesitarem nas horas". Sinceramente tentei despachá-lo o mais rápido possível e nem lhe dei mais conversa. Como é um cliente que vai lá quase todos os dias, vou esperar para ver se ele torna a arranjar destas piadas... e sinceramente ainda não compreendi o que ele queria dizer com "período de transição"!

 

 

Manias de clientes...

Se há  coisa que me aborrece é a mania que certos clientes têm de me tirar os artigos das mãos quando os estou a passar no scanner! Porque não esperam que eu os coloque no check-out? Chegam a tirar-me os artigos da mão antes de ouvir o "pip". Dá vontade de perguntar se querem ocupar o meu lugar! Hoje até levei um arranhão. Que nervos! Que stresse...

 

Será???

 

Será que é esta a nova farda que iremos usar? É quase igual! Pelo menos podiam fazer uma roupa para o Verão, porque não uma t-shirt? Com tanto calor vamos na mesma ter de usar algo ao pescoço!?

A maioria não concorda com o hiperdesconto...

 

Esta campanha do hiperdesconto está a deixar os clientes desanimados. Hoje um cliente que teve um desconto de 0,75 repartido por dois talões um de 0,50€ em Agosto e 0,25€ em Setembro gozou com o caso. Eu expliquei como era um valor muito baixo não dava para se notar, mas que em valores mais altos já era significativo... Este senhor saiu de lá a barafustar... Os clientes fazem muitas perguntas porque esta campanha deixou-lhes muitas dúvidas. Uma pergunta muito frequente é: porque não vão os descontos para o cartão... A essa pergunta eu respondo que apenas os artigos do folheto do hiperdesconto entram neste sistema, todos os outros são acumulados em cartão cliente... 

Publicidade a quanto obrigas!...

 

Pois é, à conta desta publicidade que já devem ter reparado (na TV.), tenho tido algumas preocupações. Para quem não sabe esta campanha a decorrer nas lojas Modelo e Continente, consiste em atribuir 75% de desconto em cartão. Só que o sistema é que 50%  tem de ser descontado em Agosto e 25% em Setembro , mediante uns talões que o cliente tem de guardar. Apesar de nós explicarmos isso aos clientes e desta informação estar em folhetos, muitos clientes não reparam e depois quando tomam consciência ficam enervados.

 

Hoje um senhor chegou ao ponto de chamar nomes ao Belmiro: mentiroso,  manipulador e outros nomes que prefiro não repetir. Enfim, noutros casos os clientes reclamam de ter de guardar papéis e mais papéis...

 

Apesar de esta campanha ter bons descontos a forma como está a funcionar desagrada muitas pessoas. Como se costuma dizer, não é fácil agradar a todos!

 

De volta ao assunto: sacos de plástico...

 Mais uma vez volto a falar sobre este assunto, pois é um facto que me preocupa. As pessoas continuam a levar imensos sacos de plástico, apesar de nós operadoras de caixa, muitas vezes tentarmos que isso não aconteça. Poucos e raros são os indivíduos que usam sacos ecológicos ou que trazem sacos alternativos de casa. Nesta altura são mais os emigrantes que tomam essa opção.   Como já aqui mencionei tenho um projecto para ajudar a diminuir este excesso de uso dos ditos sacos, só ainda não sei a quem o devo apresentar.   Já que estou sempre atenta ao assunto, deixo aqui uma notícia relativa ao caso que encontrei ontem no jornal de notícias...

 
 

Sacos de compras vão ser ecológicos   

Partidos e ambientalistas querem plástico biodegradável e recipientes reutilizáveis nos supermercados

 

  A discussão parlamentar de várias iniciativas legislativas para a redução e eliminação dos sacos de plástico convencionais dentro cinco anos acendeu a polémica, com a indústria a criticar a medida e os ambientalistas a pedir mais acções (...)

 

Os sacos de plástico usados nas compras são uma parte importante do problema dos resíduos urbanos, pois muitos não chegam a entrar nos sistemas de reciclagem, sublinham os partidos. O pagamento dos sacos nos supermercados ou a introdução de uma taxa sobrecarregam os consumidores e o recurso a materiais biodegradáveis ("bioplásticos" com resíduos da agricultura) não resolve o problema, nota o PEV (...)

 

As resoluções recomendam ao Governo a proibição, até 2013, dos sacos de compras convencionais; campanhas de sensibilização para a redução e cessação do seu uso e substituição por sacos reutilizáveis, alcofas, sacos de pano ou "troleys"; incentivos financeiros ao desenvolvimento e distribuição de plásticos biodegradáveis e à substituição dos sacos convencionais; e melhorias nos sistemas de recolha selectiva de resíduos (...)  

 

A frase...

Quando há um cliente determinado em arranjar um motivo para descarregar o stress, mentalmente eu adivinho a frase que ele disse á esposa antes de sair de casa:

 

" Querida vou ao supermercado chatear a operadora de caixa (e não só), mas já que lá vou , queres que te traga alguma coisa?"

 

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